O aumento constante dos custos e a variabilidade na qualidade dos serviços de saúde representam uma ameaça significativa para a sustentabilidade do sistema de saúde em escala global.
Apesar dos investimentos crescentes, o sistema atual possui dificuldades em prevenir doenças que poderiam ser evitadas, bem como em garantir o acesso universal e a equidade nos serviços de saúde.
Em diversos países, incluindo o Brasil, foi observado em 2019 um aumento de 13 pontos percentuais na taxa de inflação médica em relação à inflação geral (4,2% e 17%, respectivamente). Isso ressalta a crescente pressão financeira sobre o sistema de saúde.
Além disso, há uma falta de transparência em relação aos custos e resultados dos tratamentos realizados. Quando esses dados estão disponíveis, frequentemente se depara com uma enorme variabilidade indesejada nas práticas, custos e resultados, resultando em um desperdício estimado de cerca de 30% dos recursos destinados à saúde.
Em junho de 2023, mais de 50,7 milhões de pessoas possuíam planos de saúde, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse número representa um novo recorde após uma sequência de crescimento constante nos últimos meses, com um aumento de 2,23% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Esses números coincidem com um período de mudanças profundas no setor de saúde suplementar, marcado por discussões sobre fraudes em planos de saúde, novas regras para a substituição de hospitais nas redes credenciadas e um aumento significativo nos reembolsos, que vêm crescendo desde 2019. Essas mudanças acarretaram um ônus de aproximadamente R$ 1,6 bilhão em procedimentos (consultas, exames, terapias, cirurgias e internações) apenas em 2022, de acordo com o Panorama de Saúde Suplementar da ANS.
As operadoras de planos de saúde também enfrentaram prejuízos substanciais em 2022, totalizando cerca de R$ 10,7 bilhões, de acordo com o relatório da ANS, representando o maior prejuízo da saúde suplementar em duas décadas. Entre 2021 e 2022, as receitas dos planos de saúde cresceram 5,6%, enquanto as despesas aumentaram 11,1%.
Por isso, convidamos você a acessar nosso e-book para compreender como ocorre a transformação do cuidado com base no valor, beneficiando tanto as operadoras de saúde quanto os beneficiários.
Fontes: