*Por Ricardo Pereira, Gerente de Inovação da Qualirede
Mais da metade das intervenções cirúrgicas (60%) em pacientes diagnosticados com risco de cisto no pâncreas poderiam ser evitadas se os procedimentos realizados nessas pessoas tivessem considerado o programa de Inteligência Artificial (IA) chamado CompCyst, de acordo com pesquisa divulgada no Science Translational Medicine. Isso é mais uma prova de que a IA é o que há de mais inovador quando o assunto é Transformação Digital, nos diferentes setores. Em geral, o conceito engloba técnicas de Machine Learning, Redes Neurais, Processamento de Linguagem Natural (PLN) e robôs.
Na saúde, pode-se dizer que já existe alicerce sólido para aplicação da Inteligência Artificial e, assim, reduzir erros de diagnósticos, otimizar tratamentos e munir os médicos de informações e insights para a tomada de decisão sobre prognósticos e tratamentos. É importante ressaltar que o setor já passou pelos momentos de digitalização de sistemas e conectividade das diversas áreas, até chegar a atual realidade de contar com uma farta gama de dados consistentes gerados por registros de saúde e pesquisas.
As contribuições mais expressivas da Inteligência Artificial para o setor de saúde têm sido vista em diferentes momentos: cirurgias assistidas por robôs; análise de imagens e sons em exames de Raio X e ecografias; avaliação genética por meio dos scan do genoma; identificação de patologia pela análise das amostras de biópsia; monitoração de paciente; e administração do sistema de saúde. Os reflexos positivos são sentidos tanto pelos pacientes, que se beneficiam com atendimento seguro e de qualidade, quanto pelas organizações, que dispõem de mais um meio para elevar a própria credibilidade, otimizar os processos e reduzir os custos operacionais.
Um dos desafios do setor de saúde para fazer melhor uso da Inteligência Artificial é coletar os dados dos pacientes de uma maneira mais estruturada. É claro que a criação de registros eletrônicos de saúde e a adoção a programas de prontuário dos pacientes têm ajudado muito nos processos de armazenar e mapear dados importantes, como sintomas, diagnósticos, resultados de exames, planos terapêuticos e evolução dos pacientes. O que preocupa é que 80% das informações reunidas nesses sistemas não possuem estrutura adequada, muito pelo fato de que falta padronização nas anotações adicionais feitas por médicos e enfermeiros. Muitos inserem nos textos abreviações, jargões próprios e informações subjetivas.
Ciente de tudo isso, a Qualirede investe em soluções de tecnologia de Inteligência Artifical no segmento de administração do sistema de saúde, em especial, no controle das contas médicas. O objetivo é garantir que os sistemas sejam capazes de avaliar centenas de possibilidades e restrições que são aplicadas para cada tipo específico de assistência médica, sempre priorizando a melhor experiência do paciente e evitando desperdícios de tempo e de recursos nas organizações. Além disso, a empresa desenvolve sistemas que suportam a operação da saúde, como o Prontuário Eletrônico do Paciente e o Registro Eletrônico de Saúde.
Há 10 anos no mercado, a Qualirede suporta a assistência à saúde de mais 1,2 milhões de pessoas o que nos mune de um volume de dados significativos para obter resultados importantes com o uso da Inteligência Artificial. Oferecer serviços mais acurados na gestão da saúde é o nosso objetivo e diferencial.