Riscos do alto consumo de adoçantes

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Categoria: Blog Post; Gestão de pacientes; Notícias

Os adoçantes artificiais, também conhecidos como edulcorantes, são amplamente utilizados em todo o mundo, na indústria alimentícia, em bebidas e em sobremesas. Eles são uma opção popular para aqueles que desejam reduzir a ingestão de açúcar e evitar o ganho de peso. No entanto, as crescentes preocupações com a segurança dos adoçantes estão levando muitos especialistas em nutrição a questionar sua utilização.

Este artigo visa apresentar as novas descobertas dos malefícios dos adoçantes e explicar como podemos evitá-los. Ao longo do texto, serão citados pesquisadores reconhecidos internacionalmente e revistas referências nas áreas de nutrição.

As preocupações com adoçantes artificiais:

Os adoçantes artificiais são frequentemente utilizados como substitutos do açúcar em alimentos e bebidas. Eles são amplamente utilizados por pessoas que buscam evitar os efeitos negativos do açúcar em suas dietas, como o ganho de peso e o aumento do risco de diabete. No entanto, tem havido crescentes preocupações com a segurança dos adoçantes, levando muitos especialistas em nutrição a questionar sua utilização.

Vários estudos foram realizados para avaliar os efeitos dos adoçantes artificiais na saúde. Pesquisadores descobriram que a ingestão elevada de adoçantes artificiais está associada a um maior risco de desenvolvimento de obesidade, diabete tipo 2 e doenças cardiovasculares. Esses efeitos parecem estar relacionados à alteração da microbiota intestinal e à redução da tolerância à glicose.

Um estudo publicado em 2014 na revista “Nature” descobriu que a ingestão de adoçantes artificiais altera a microbiota intestinal de maneira a aumentar o risco de obesidade e doenças metabólicas. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, e liderado pelo Dr. Eran Segal. Os pesquisadores descobriram que a ingestão diária de adoçantes artificiais, como o aspartame, estavam associados a um aumento no número de bactérias intestinais que podem contribuir para a resistência à insulina e à obesidade.

Outro estudo publicado na revista “Nature” em 2019, liderado pela Dra. Jotham Suez, da Universidade de Harvard, descobriu que o consumo de adoçantes artificiais está associado a um aumento no risco de diabete tipo 2 em pessoas saudáveis. O estudo analisou cerca de 400 voluntários que não tinham diabete, mas consumiam adoçantes artificiais regularmente. Os pesquisadores descobriram que a ingestão desses adoçantes alterava a microbiota intestinal, reduzindo a tolerância à glicose e aumentando o risco de diabete tipo 2.

Além dos efeitos metabólicos negativos dos adoçantes, também foram encontrados potenciais efeitos negativos na função cerebral. Um estudo publicado na revista “Alzheimer’s & Dementia” em 2018 descobriu que o consumo elevado de bebidas adoçadas artificialmente, está associado a um aumento no risco de demência e doença de Alzheimer. O estudo envolveu mais de 4.000 pessoas com mais de 60 anos e encontrou que aqueles que consumiam mais de quatro bebidas adoçadas artificialmente por dia tinham um risco maior de desenvolver demência.

Como evitar os malefícios dos adoçantes

Embora os adoçantes artificiais possam oferecer uma alternativa mais saudável ao açúcar, sua segurança a longo prazo é questionável. Devido aos potenciais riscos associados aos adoçantes, muitos especialistas em nutrição recomendam limitar sua ingestão ou evitá-los totalmente.

Aqui estão algumas maneiras simples de evitar os malefícios dos adoçantes:

1. Escolha alimentos naturais: Ao escolher alimentos para sua dieta, opte sempre por aqueles que são naturalmente doces. Frutas frescas, como maçãs e laranjas, contêm açúcares naturais que podem satisfazer o desejo por doces sem a necessidade de adicionar açúcares artificiais.

2. Use adoçantes naturais: Outra opção é substituir açúcares artificiais por adoçantes naturais, como o mel ou o açúcar mascavo. Embora esses adoçantes ainda contenham açúcar, eles são menos processados do que os adoçantes artificiais e contêm nutrientes adicionais.

3. Leia os rótulos dos alimentos: Ao comprar alimentos e bebidas embalados, leia atentamente o rótulo dos ingredientes. Os adoçantes artificiais podem ser listados como aspartame, sacarina, sucralose ou acessulfame K.

4. Limite sua ingestão de adoçantes: Se você ainda quiser usar adoçantes artificiais, limite sua ingestão e use-os com moderação. Os especialistas em nutrição recomendam que os adultos não excedam mais de 40mg/kg de peso corporal por dia.

5. Beba água: A melhor opção para hidratação é a água. Se você quiser adoçar sua água, considere adicionar frutas frescas ou ervas, como limão, hortelã ou gengibre.

Conclusão:

Os adoçantes artificiais são uma opção popular para pessoas que procuram reduzir a ingestão de açúcar e evitar o ganho de peso. No entanto, as crescentes preocupações com a segurança dos adoçantes estão levando muitos especialistas em nutrição a questionar sua utilização. Estudos recentes sugerem que o consumo elevado de adoçantes artificiais está associado a um maior risco de desenvolvimento de obesidade, diabete tipo 2 e doenças cardiovasculares, além de possíveis efeitos negativos sobre a função cerebral. A melhor maneira de evitar os malefícios dos adoçantes artificiais é escolher alimentos naturais, usar adoçantes naturais, ler os rótulos dos alimentos, limitar a ingestão de adoçantes e beber água.

Aqui na Qualirede, nosso time da APS trabalha acompanhando de perto os hábitos alimentares dos pacientes, orientando sempre que necessário, para uma maior eficiência em tratamentos.

Artigo de opinião por Kylder Schenfeld

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