Programa de rastreio de câncer de mama: Confira os resultados que a Qualirede já conquistou

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Categoria: Qualirede; Gestão de pacientes; Gestão em Saúde

  Estudos nacionais e internacionais comprovam que a identificação precoce de um câncer de mama possibilita chance de cura de até 95%. Por isso, além da prevenção a respeito dos fatores de risco, os médicos insistem na importância do rastreamento por meio da realização de mamografias periódicas.

      A mamografia de rastreamento, exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama, recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos, é o principal exame de rastreamento para o diagnóstico precoce. O procedimento é rápido, não necessita de preparo e pode ser solicitado pelo seu médico.

O rastreamento do câncer de mama é uma estratégia que deve ser dirigida às mulheres na faixa etária e periodicidade prevista, na qual o balanço entre benefícios e danos à saúde dessa prática seja o mais favorável possível. 

A equipe de Atenção Integral à Saúde- AIS realiza um trabalho de conscientização sobre a importância da prevenção, rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama e câncer de colo de útero, através de orientações em saúde e direcionamento do cuidado no telemonitoramento, assim como por meio de grupos educativos, rodas de conversas e palestras.

Seguindo essa premissa, a AIS já desenvolveu mais de 200 ações voltadas para esta temática. 

No ano de 2022 foi realizado um inquérito com 1.468 mulheres, visando o direcionamento do cuidado e detecção precoce. Foram coletadas informações referentes à realização de consultas e exames, além de viabilizar acesso à rede prestadora de uma determinada assistência, quando necessário.

PÚBLICO-ALVO

Mulheres de 50 a 69 anos que não realizaram mamografia nos últimos 2 anos.

Das mulheres de 50 a 69 anos que tinham indicação para realizar a mamografia nos últimos 2 anos, 410 foram telemonitoradas e destas, 241 afirmaram terem realizado o exame, 123 não realizaram, 45 não souberam informar e 01 referiu não ter indicação médica para realização, conforme consta no gráfico abaixo:

Dessa forma, das 123 mulheres que afirmaram não ter realizado o exame de rastreio, foi verificado em pesquisa que após a ação, em média, 29% destas mulheres realizaram o exame de mamografia,  7% realizaram consulta ambulatorial com mastologista,  2% realizaram punção ou biópsia percutânea da mama, 1% destas realizaram consulta ambulatorial com oncologista, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:

Através do rastreio para o câncer de mama, das 410 beneficiárias telemonitoradas, 22 mulheres referiram algum tipo de alteração no exame de Mamografia. Estas encontram-se em acompanhamento médico e telemonitoramento. Segue no gráfico abaixo as especificações das alterações identificadas:

RESULTADOS

Em junho de 2022 realizou-se o levantamento de custo per capita pré e pós-projeto. Observou-se aumento esperado de internação e realização de exames, tendo em vista o que propõe o trabalho de prevenção e rastreio. E uma redução de custos de emergência e consultas nos levando a inferir que as mulheres estão melhor direcionadas e acompanhadas.

CUSTO EVITADO PRESUMÍVEL 

Realizou-se o levantamento dos procedimentos utilizados no tratamento de câncer, tomando como base a tabela da empresa contratada. Chegou-se ao valor de R$19.207,24, por beneficiária, totalizando R$28.196.228,32. Porém, cabe ressaltar que este tipo de tratamento/acompanhamento é realizado a longo prazo, em média cinco anos.  

CONCLUSÃO

De acordo com o Ministério da Saúde (2015), a avaliação da existência de benefícios e do balanço entre riscos e benefícios, envolvidos na estratégia de detecção precoce, precede qualquer consideração sobre custo. Dessa forma, as intervenções e tecnologias utilizadas na detecção precoce do câncer de mama antecedem às questões de custos. Os prováveis benefícios do rastreamento são o melhor prognóstico da doença, com tratamento mais efetivo e menor morbidade associada.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Detecção precoce. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/acoes-de-controle/deteccao-precoce. Acesso em: 25/02/2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015.

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