Por que precisamos aumentar os cuidados com a saúde mental em 2023?

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Categoria: Qualirede

O diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, pediu na primeira semana de junho aos líderes e tomadores de decisão que garantam que a saúde mental seja colocada no topo das agendas políticas e integrada a todos os setores e políticas, a fim de enfrentar o agravamento das condições de saúde mental nas Américas devido à pandemia da COVID-19. Isso nos faz refletir como estão os cuidados e acolhimento com a saúde mental de nossos beneficiários.

O contexto

Desde que foi decretado pela Organização Mundial de Saúde – OMS, no dia 11 de março de 2020, o início da pandemia, provocada pelo vírus da COVID-19, tivemos declarada uma luta contra um vírus desconhecido e letal. Cientistas de várias partes do mundo trabalharam de forma incessante para que no menor tempo possível fossem encontradas formas eficazes para deter sua ação rápida e devastadora.

Diante de todo esforço empregado pela comunidade científica, médicos, equipe da área de saúde, e demais profissionais que não tiveram a opção de parar, vimos notícias de perto, de familiares, amigos, colegas de trabalho e de longe, nos noticiários, o crescente número de vítimas.

A iminência da morte se tornou uma sombra que trazia medo, desconforto e instabilidade psicoemocional para grande parte dos países que tiveram impactos mais severos. Foram dias que, também, mudamos a forma de convivência comunitária, comunicação,produtividade, vida em família, enfim, provamos a contragosto a imposição necessária do isolamento social.

Foi um tempo difícil, pois, por um tempo, só era possível a convivência com as pessoas mais próximas. A solidão foi a realidade de quem residia sozinho ou teve que passar por internações.

Nosso cotidiano social foi brutalmente interrompido e escrever sobre este período, ainda provoca um desconforto, é inevitável o pesar diante da memória, por exemplo, de rostos tristes, abatidos, com medo e em muitos casos sem a certeza da volta de um familiar do hospital. 

Pós-pandemia

Agora, nestes dias de pós-pandemia, carecemos de um olhar atento para a saúde mental dos beneficiários. Nós profissionais da área de saúde, estamos diante de queixas e sintomas característicos de uma condição psíquica da carga do estresse pós-traumático, vemos se agravar os quadros de ansiedade e depressão, sem contar a fobia social desencadeada pelo longo período de isolamento social.

Em nossas experiências diárias na Qualirede,  em especial, quando a pessoa que sofreu perdas e experimentou sofrimento psíquico na pandemia, que hoje procura ajuda, para dissipar fantasmas que ainda assombram o presente, com memórias difíceis de apagar, sabemos o quanto isto provoca dor e sofrimento. Os acontecimentos, ao serem recorrentemente ativados no pensamento, despertam a mesma emoção vivida à época quando o trauma aconteceu.

Pensando nisso, o cuidado com a saúde mental dos beneficiários, em tais casos, requer um manejo terapêutico sensível e acolhedor à carga emocional oriunda do trauma sofrido e a busca de aterrissagem no aqui e agora com os desafios de encontrar outro estado mental e emocional mais próximo do equilíbrio e bem-estar.

Isto pode acontecer quando o processo terapêutico é atravessado pela vontade de superação e a busca de novas experiências, propósitos e sentido para a vida, minimizando a intensidade emocional do pesar e trazendo para perto sentimentos positivos capazes de gerar alegria, leveza, gratidão e felicidade. 

A forma Qualirede de cuidar

Nas clínicas de Atenção Primária à Saúde da Qualirede, garantimos um cuidado diferenciado, percebido desde o primeiro contato com a equipe, através de profissionais altamente qualificados e preparados para atender as mais diversas demandas nos diferentes ciclos da vida. 

Esse trabalho é aplicado através de um acolhimento humanizado e empático, entendendo que cada ser é único e junto dele existem muitos aspectos envolvidos a serem considerados. Devido a essa complexidade, nossas consultas são personalizadas, contando com o apoio de atendimentos presenciais e por telemedicina.

A equipe de saúde da APS é interdisciplinar, composta por médico de família e comunidade, enfermeiro da saúde da família, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e técnico de enfermagem. 

Todos esses profissionais desempenham suas atividades de forma individualizada (consultas), e em conjunto com dois ou mais profissionais (interconsulta e atividades coletivas) para aumentar a resolutividade e a satisfação do usuário. Esse apoio é fundamental para a saúde mental dos beneficiários, pois encontram uma equipe preparada para atendê-lo e acolhê-lo.

Por fim, concluímos que havemos de ter habilidade e ferramentas para desenvolver com os pacientes a esperança, fé e amor, sabendo que estes sentimentos são antídotos eficazes no cuidado com a saúde mental e bem-estar no presente e no futuro.

Referências: https://www.unasus.gov.br/noticia/organizacao-mundial-de-saude-declara-pandemia-de-coronavirus -consulta em 21/06/203 – consulta em 21/06/2023 às 12h18min.

Artigo de opinião por Deise Mattos
Psicóloga APS-RJ
CRP: 05/26122

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