O uso de antimicrobianos e a resistência antimicrobiana

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Categoria: Notícias

Vivemos um momento de grande preocupação da comunidade internacional com a resistência antimicrobiana. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se nada for feito em relação ao uso de antimicrobianos, haverá um considerável custo humano e econômico. 

Uma pesquisa mostra que um aumento contínuo da resistência antimicrobiana até 2050 levaria à morte 10 milhões de pessoas por ano, superando as mortes por câncer. Também haveria uma redução de 2% a 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) das nações, custando à economia global até 100 trilhões de dólares. Nesse sentido, está em curso uma mobilização das grandes nações, com investimentos da ordem de nove bilhões de dólares, para implementar um Plano de Ação Global contra a Resistência Antimicrobiana.

Monitoramento do uso de antimicrobianos

A Qualirede realizou um estudo, junto a um cliente com uma carteira de 203.800 vidas, com o objetivo de analisar o resultado do monitoramento, em tempo real, do uso de antimicrobianos. A utilização de forma indevida causaria grande impacto, tanto nos custos assistenciais como na saúde humana, com aumento da morbimortalidade.

Metodologia utilizada na realização do estudo:

  • Parametrização para solicitação de autorização de 13 antimicrobianos. 
  • Acompanhamento pela auditoria do cuidado, quando iniciadas as referidas medicações.
  • Visitas aos principais prestadores com reuniões envolvendo a diretoria administrativa, diretoria médica e comissão de infecção hospitalar, com objetivo de sensibilizar quanto à importância da política de Antibiotic Stewardship (medicamento correto, na dose certa, no tempo certo e na duração correta).

A partir do estudo, concluímos que os Carbapenêmicos são a classe de antibacterianos mais utilizada para infecções por germe multirresistente, sendo o Meropenem o principal representante desta classe. O uso de forma indevida pode induzir à resistência antimicrobiana. 

Importância do acompanhamento e da política de Antibiotic Stewardship

Após a implementação da política de acompanhamento e monitoramento do uso de antimicrobianos, junto ao incentivo à política de Antibiotic Stewardship, observamos uma queda gradual do consumo do principal antimicrobiano cuja indicação deve ter critérios estritos. O uso em 2016 correspondeu a 41,26%, 39,10% em 2017, e 37,61% em 2018.

Entendeu-se, a partir disso, que a Saúde Suplementar, enquanto um player do sistema de saúde, deve ter políticas que incentivem as melhores práticas alinhadas com a responsabilidade social.

Rocco, SA; Neto, CW; Atuatti, M; Porsch, CE; Coelho, PBM; Hahn, IM.
Qualirede – Gestão em Saúde, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

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