O Brasil se destacou em 2024 ao superar a média global de cobertura vacinal contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse resultado reflete avanços significativos na conscientização sobre a importância da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), a infecção viral sexualmente transmissível mais comum no mundo.
Nesse contexto, a relevância da vacinação se evidencia ainda mais, uma vez que a imunização contra a infecção reduziu em quase 60% os casos de câncer do colo do útero, o tipo mais comum de câncer causado por HPV, entre mulheres jovens no país, segundo estudo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde Digital.
Como funciona e quem deve se vacinar
O esquema vacinal é de dose única para meninos e meninas entre 9 e 14 anos. Quem não se vacinou nesse período pode receber a vacina entre 15 e 19 anos. Para pessoas imunocomprometidas, incluindo indivíduos com HIV ou AIDS, pacientes oncológicos e transplantados, o esquema permanece em três doses, independentemente da idade.
Além disso, vítimas de violência sexual e usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) com idade entre 15 e 45 anos devem receber três doses, enquanto crianças e adolescentes de 9 a 14 anos nessa mesma situação devem receber duas doses.
O que diz a Lei 15.174/25
Publicada em 23 de julho de 2025 e com vigência a partir de outubro, a lei instituiu a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano (HPV), prevendo campanhas de conscientização, ampliação do acesso ao cuidado e fortalecimento da notificação e da pesquisa científica.
Em relação às expectativas de resultados, para Laura Carneiro (PSD-RJ), uma dos autores do projeto de lei que originou a norma, “Essa lei marca um novo momento na saúde da mulher e do homem brasileiros. O teste molecular de HPV é mais eficaz que o Papanicolau e nos permitirá reduzir drasticamente os casos e as mortes por câncer do colo do útero”.
Prevenção é a melhor escolha
Vacinar-se é a forma mais eficaz de proteger a saúde individual e coletiva. A prevenção reduz o risco de câncer e outras complicações associadas ao HPV, fortalece o cuidado contínuo com a saúde e contribui para um futuro com menos doenças evitáveis.
Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, maior será o impacto na proteção da população, reforçando a importância de campanhas de conscientização e do acesso ampliado à vacina.