Hepatites Virais: Saiba mais sobre prevenção, sintomas e tratamentos

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Categoria: Qualirede

Julho foi o mês dedicado à conscientização e combate às hepatites virais, doenças silenciosas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. A campanha “Julho Amarelo” tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas doenças. 

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus. As principais variantes são as hepatites A, B, C, D e E. 

Formas de transmissão

  • Hepatite A: Transmitida principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus. É mais comum em áreas com saneamento básico inadequado. 
  • Hepatite B: Transmitida pelo contato com sangue, sêmen ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer durante o parto quando a mãe é portadora da doença, pelo compartilhamento de agulhas e seringas, ou através de relações sexuais desprotegidas. 
  • Hepatite C: Similar à hepatite B, é transmitida pelo contato com sangue contaminado. É comum entre usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas. 
  • Hepatite D: Ocorre apenas em pessoas que já estão infectadas com o vírus da hepatite B, pois depende deste para se replicar. 
  • Hepatite E: Transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, de forma semelhante à hepatite A. É mais comum em regiões com saneamento inadequado. 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, os vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. 

Essas doenças podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas como cansaço, febre, mal-estar, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados) e urina escura. 

Tratamento

O tratamento varia conforme o tipo de hepatite: 

  • Para a hepatite A, não existe um medicamento específico para tratar a doença. O médico avaliará a necessidade de tratamento para aliviar os sintomas. Em casos mais graves, como insuficiência hepática aguda, pode ser necessária a hospitalização. 
  • A hepatite B não tem cura, mas o tratamento com medicamentos pode controlar a doença e prevenir complicações e sua progressão. Por isso, a importância da prevenção com a vacinação. 
  • A hepatite C tem cura em 95% dos casos, desde que o paciente siga rigorosamente as recomendações e faça o uso dos medicamentos chamados antivirais de ação direta. Se não tratada, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. 
  • O tratamento da hepatite D envolve uma classe específica de medicamentos, que deve ser prescrita pelo médico. Não existe vacina para esta doença. No entanto, pessoas vacinadas contra a hepatite B têm menos probabilidade de desenvolver a hepatite D. 

Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. Na maioria dos casos, tem boa evolução. Entretanto, ocasionalmente, é possível desenvolver hepatite fulminante, que pode ser fatal. Em mulheres gestantes, a hepatite E pode ser grave. 

Prevenção

A prevenção das hepatites virais inclui medidas simples e eficazes: 

  • Vacinação: Existem vacinas disponíveis para as hepatites A e B, que são altamente eficazes na prevenção dessas doenças. 
  • Higiene: Lavar as mãos regularmente e garantir o consumo de água tratada e alimentos bem higienizados ajudam a prevenir as hepatites A e E. 
  • Segurança nas relações sexuais: Usar preservativos durante as relações sexuais diminui o risco de transmissão das hepatites B e C. 
  • Cuidado com objetos perfurocortantes: Evitar o compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos perfurocortantes é essencial para prevenir as hepatites B e C. Utilizar material descartável ao realizar tatuagens e colocação de piercings. 
  • Triagem sanguínea: Doadores de sangue devem ser rigorosamente triados para evitar a transmissão do vírus através de transfusões. 

O “Julho Amarelo” é uma oportunidade importante para aumentar a conscientização sobre as hepatites virais, promover a detecção precoce e destacar a importância da prevenção e do tratamento adequado. Informar-se e adotar práticas preventivas pode salvar vidas e reduzir significativamente a propagação dessas doenças. 

Junte-se à luta contra as hepatites virais e faça sua parte para um mundo mais saudável. 

Sandra Rocco 
Coordenadora Médica do Núcleo de Economia da Saúde 

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