Amamentação e o seu valor: amamentar é um ato de cuidado e amor

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Categoria: Qualirede

O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida. 

Importante: Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. 

Benefícios da Amamentação  

O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade. 

O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. 

A amamentação oferece diversos benefícios à mulher. Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho. 

Mesmo depois da introdução alimentar, o leite materno ainda é muito nutritivo. Conforme pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), durante o segundo ano de vida, 500 ml de leite materno suprem 95% das necessidades diárias de vitamina C, 45% de vitamina A, 38% de proteínas de alto valor biológico e 31% do total de energia requerida por uma criança. 

Os efeitos positivos da amamentação prolongada na saúde da mãe incluem menores taxas de hipertensão, de gordura na corrente sanguínea e de doenças cardiovasculares, além de melhorias na saúde mental.  Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os benefícios se estendem à prevenção do câncer de mama: as estimativas atuais sugerem que, a cada ano de amamentação, o risco é reduzido de 4,3% a 6%. O impacto se dá pela diminuição de hormônios que facilitam o desenvolvimento do câncer de mama e pela eliminação de células que poderiam apresentar alterações genéticas. 

Importante: Nos primeiros seis meses de vida o bebê seja amamentado exclusivamente, e a oferta de água, chás e outros leites é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos. 

O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito tem mais facilidade para aceitar os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses de idade. É muito importante que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. 

Uso de Mamadeira e Chupetas: O Ministério da Saúde não recomenda o uso de mamadeiras e chupetas. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito. 

Saiba o que fazer para manter a produção de leite, mesmo após o retorno ao trabalho: 

O retorno ao trabalho pode ser um momento crítico para a continuidade da amamentação, mas é possível conciliar. A produção de leite depende do estímulo, seja da sucção do bebê, ou da extração (manual ou por bomba) de leite da mama. Fazer a extração do leite algumas vezes ao dia vai contribuir para que a mulher continue amamentando mesmo quando estiver longe do bebê por algum tempo. 

É importante que a mulher se prepare e comece a extrair leite para armazenar cerca de 15 dias antes do retorno ao trabalho, pois assim, os cuidadores da criança poderão oferecer o leite quando a mãe estiver fora. 

Para retirar o leite, deve-se relaxar e massagear as mamas em movimentos circulares com a ponta dos dedos, começando pela aréola e indo para toda a mama. Colocar o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo dela. Firmar os dedos e empurrar para trás em direção ao tronco. Apertar o polegar contra os outros dedos com cuidado, até sair o leite.  Não deslize os dedos sobre a pele. Apertar e soltar muitas vezes com o frasco de vidro posicionado abaixo do mamilo. 

Restrições  

São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV positivo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias. 

A hora certa para o desmame  

Assim como a criança aprende a sentar, engatinhar, andar e falar, desmamar também é algo que fará parte do aprendizado dela. Não existe uma regra única sobre o momento ideal do desmame. Há casos em que a criança perde o interesse pelo peito ou mesmo prefere outras alternativas na alimentação. Acontece também de a rotina profissional da mãe interferir. A recomendação dos especialistas é que o desmame ocorra de forma natural ou, se for intencional, a dica é que seja gradual. 

Andrezza de Almeida Valgueiro – Enfermeira da APS RECIFE 

Fontes:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aleitamento-materno 

https://www.unimed.coop.br/viver-bem/pais-e-filhos/a-hora-do-desmame

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