O uso indiscriminado e equivocado de tecnologia médica, a baixa resolutividade, desperdícios em exames e os altos custos do sistema saúde podem ser a melhor forma de sintetizar a situação de muitos países, inclusive do Brasil. Mais do que isso, diversos países sofrem com falta de acesso a cuidados básicos e sistema de saúde precário. A Atenção Primária à Saúde busca olhar para essa situação e oferecer melhoria por meio da reorganização da forma com que o sistema é utilizado.
Tais mudanças propostas pelo modelo de Atenção Primária à Saúde são eficientes e necessárias não apenas para os pacientes, mas também para o próprio mercado de saúde, uma vez que as condições citadas acima trazem sérias consequências. Por exemplo, para o setor de saúde suplementar: entre 2007 e 2017, 26% dos planos de saúde encerraram as atividades, o que equivale, em média, a 3,2 seguradores fora do mercado por mês. Ainda em 2009, o Brasil contabilizou o menor índice de habitantes segurados na história – 42,5 milhões de pessoas.
Hoje, recuperando-se e apresentando um momento estável e mais seguro, a saúde suplementar volta, aos poucos, à normalidade. Entretanto, ainda que o total de pessoas cobertas por planos de saúde tenha subido para mais de 47 milhões, tal crescimento não acompanhou o aumento da população nacional, que cresceu em 18 milhões no mesmo período.
Tendo em vista este cenário, o que fariam das APS uma opção segura de modelo a ser seguido e incentivado?
Atenção Primária à Saúde
Em 1978, a Organização Mundial da Saúde define oficialmente, durante a I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários em Saúde em Alma-Ata, Cazaquistão, a definição de Atenção Primária à Saúde:
Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. (…) Representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema (…) de saúde, pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde. (Opas/OMS, 1978)
Tal definição é importante pois direciona dois conceitos básicos das APS até hoje: integridade e regionalização.
Como o nome sugere, espera-se que o sistema de APS esteja estrategicamente localizado de acordo com regiões específicas. Isso a fim de atender o máximo de pacientes possíveis sem que o deslocamento seja exaustivo, tanto para profissionais quanto para o paciente. Tal conceito conversa diretamente com a situação de regiões onde o sistema de saúde se mostra precário e, principalmente, longínquo, dificultando o acesso.
Atualmente
Já a integridade nos traz para os dias de hoje: a partir desse conceito nasce a ideia da indissociabilidade entre métodos de cura e prevenção, dando igual atenção para ambos.
Assim, no sistema APS, a presença de médicos generalistas que acompanham o paciente e estimulam o autocuidado são essenciais para que se invista em prevenção como forma de evitar o surgimento de complicações. O que gera economia de tempo e, principalmente, de dinheiro do sistema de saúde. Realizar exames e usufruir indiscriminadamente de recursos tecnológicos não significa necessariamente ter saúde. Quando consideramos que, com a conscientização e o estímulo para que os pacientes cuidem da manutenção da sua saúde, evita custos e resulta em ganhos significativos na qualidade de vida.
Qualirede: otimizando custos e recursos do sistema de saúde
Buscando contribuir com a renovação do sistema de saúde, a Qualirede investe continuamente na disseminação de clínicas APS, da construção à manutenção. São várias clínicas em atividade, sendo três em Joinville, uma em Florianópolis e uma em Jaraguá do Sul, além das ampliações em Brasília (uma unidade) e em Uberlândia (duas unidades).
As clínicas APS da Qualirede possibilitam o contato com uma equipe de saúde completa com concierges, enfermeiros e o Médico de Família. Em conjunto, criam um histórico familiar, nutrindo confiança e possibilitando um atendimento voltado para a manutenção da saúde do paciente, de modo particular e personalizado.
A atenção continuada garante que grande parte das necessidades sejam sanadas na própria clínica, como explica Irene Hahn, presidente da Qualirede: “A APS tem o papel de atuar como organizadora do sistema. Uma vez que atua com equipe multidisciplinar, o que colabora para a realização de uma boa gestão populacional. Nossas Clínicas resolvem mais de 89% dos casos, significando que o paciente não precisa ser encaminhado para um especialista. Pois por meio de um atendimento individualizado e preventivo, com enfoque na saúde e não com a doença, ele melhora mais rápido, evitando o agravamento das enfermidades”.
A Atenção Primária à Saúde desenvolvida pela Qualirede teve a excelência reconhecida no início do ano ao ser finalista do Prêmio Clínica do Amanhã 2019 – importante premiação que reconhece soluções inovadoras no segmento de saúde. Não seria para menos: juntas, as clínicas da Qualirede atendem mais de 42 mil vidas, em um trabalho intenso e incansável na busca pelo fim do uso indiscriminado de tecnologia em medicina e redução de sinistralidade ao promover saúde real e de qualidade para o paciente. O que é bom tanto para ele quanto para o mercado de saúde suplementar em recente estabilização.