A expectativa de vida humana aumentou em pouco tempo. Hoje, espera-se que uma pessoa viva, em média, 72 anos. São 20 anos a mais do que a expectativa de vida de quem nasceu nos anos 60, que era de 52 anos. Nesse sentido, esses dados nos atentam para a necessidade da atualização da medicina. Afinal, um povo que vive mais necessita que a saúde esteja voltada para a prevenção de doenças. Nesse viés, não há método mais seguro de investir em prevenção e avanços na área da saúde do que o uso do Big Data.
O Big Data alterou profundamente a maneira com a qual administramos, gerimos e usamos nossos dados em qualquer indústria. Não é diferente na saúde, área onde o grande número de dados armazenados pode auxiliar no controle de epidemias de doenças transmissíveis, organizar a distribuição e quantidade de médicos em cada área do hospital e até mesmo prever quais serão os picos de atendimento em clínicas ou quando uma pessoa apresentará alguma enfermidade. Mas como, de fato, pode se dar a relação entre Big Data e saúde para que esses benefícios sejam alcançados?
Big Data: novos caminhos para a saúde
Agora que nossa expectativa de vida aumentou, a tendência é que cada vez mais os tratamentos se voltem para a prevenção de doenças.
A vasta quantidade de dados, provindos de inúmeras fontes, processados em alta velocidade e analisados por tecnologias específicas e capacitadas para cruzar dados e organizar conclusões caracterizam o Big Data. Isso garante a veracidade e confere valor às informações obtidas através dessa tecnologia.
A economia de gastos, tanto com a indústria quanto com o paciente, é significativa. O relatório da McKinsey, realizado em 2018, revelou que, nos últimos 20 anos, o valor do PIB dos Estados Unidos destinado à saúde cresceu ininterruptamente, alcançando no último ano a marca de 17,6%, uma taxa alta e desnecessária para um país desenvolvido. No caso dos EUA, se usado de maneira “criativa e eficaz”, o Big Data poderia gerar US$300 bilhões em valor por ano, sendo dois terços desse valor referente à redução de gastos com saúde. Já nos países desenvolvidos da Europa, a economia que a tecnologia pode proporcionar gira em torno de quase US$150 bilhões.
Desafios e adaptação para a área da saúde
Os inúmeros dados que o Big Data é capaz de armazenar e processar velozmente, quando interpretados por IA, são úteis a quaisquer lugares que são aplicados. Assim, um hospital que mantém um grande banco de dados pode aprimorar seus serviços, prever picos de demanda, direcionar sua equipe a locais mais necessários e garantir que os pacientes se consultem com especialistas pertinentes aos sintomas apresentados antes mesmo de ter a confirmação do diagnóstico.
Ainda assim, é possível pensar mais alto quando falamos de Big Data e saúde. A começar por considerar o desenvolvimento de uma infraestrutura capaz de interligar volumes ainda maiores de informação, a serviço da pesquisa na área. Quanto mais rica e relevante as informações processadas, maior o retorno de novos insights.
Investindo hoje, o Big Data compartilhado a nível mundial pode passar de mera previsão a realidade da nova medicina. Assim, seria possível trabalhar tanto a favor do aumento da expectativa de vida quanto na área da pesquisa, munindo os profissionais de informação.